
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar a maconha movimentou o mercado de autocultivo de cannabis, ampliando a busca por sementes, iluminação e outros insumos. No entanto, muitos cultivadores ainda evitam se expor, já que, apesar da descriminalização da maconha, a prática não foi regulamentada, analisa Luiz Borsato. O Deusa Cast #28 recebeu Luiz Borsato, CEO da NetSeeds, e Danillo Coelho, CEO da Leds Indoor, para debater os impactos dessa decisão no setor. A decisão do STF no julgamento do Recurso Extraordinário nº 635.659 definiu critérios para diferenciar usuário de traficante, incluindo o autocultivo de cannabis. O tribunal estabeleceu que o porte de até seis plantas fêmeas ou 40g de cannabis não deve configurar tráfico. Apesar de o porte seguir sendo ilícito, ele não é mais considerado crime, implicando apenas em sanções administrativas. Para o usuário, isso significa que, caso seja abordado dentro dos critérios estabelecidos, não terá um registro criminal. No entanto, o enquadramento do cultivador de cannabis como usuário ou traficante depende de outros fatores, além da quantidade de plantas. Elementos como a presença de balança de precisão e substâncias embaladas em porções podem ser utilizados pelas autoridades para justificar uma acusação de tráfico de drogas. Com a decisão do STF, muitas pessoas passaram a considerar o autocultivo de cannabis, impactando positivamente o mercado de insumos. "Notamos um aumento significativo na procura por informações sobre o assunto. O interesse cresceu tanto entre aqueles que desejam cultivar quanto entre investidores da indústria. Para a Leds Indoor, esse aumento na demanda reafirma a relevância do nosso trabalho e a influência das notícias sobre o avanço da regulamentação da cannabis no Brasil", afirma Danillo Coelho. Outro setor que registrou crescimento expressivo foi o de sementes. "Com a descriminalização da maconha, tivemos um aumento considerável no tráfego do site e mais interações no nosso SAC. Muitos pacientes buscam informações sobre como obter sementes de cannabis de forma legal no Brasil para seu tratamento próprio. Isso comprova que o autocultivo de cannabis medicinal é uma das principais vias de acesso à planta e deve ser regulamentado o quanto antes", declara Luiz Borsato, CEO da NetSeeds, marketplace focado na venda de sementes de cannabis. Para saber mais, www.sechat.com.br