É o fim. O júri se reuni e decide o futuro de Ricardo, após todo seu relato sobre os acontecimentos na casa de madeira, sobre o destino do assassino e do Escritor, a qual ambos os corpos tiveram um enterro digno, dando fim na dor de uma mãe chorosa.

Ricardo termina seu depoimento, narrando com detalhes os fatos que aconteceram entre as paredes de madeira daquela casa. Ela concretiza algo por achar a melhor solução para tudo, mas nem sempre o caminho escolhido é aquele que nos levara para o melhor destino.

Após o assassinato do motorista, o sequestrador sente o cerco se fechando cada vez mais e pretende acabar logo com tudo aquilo. O Escritor, sentindo que seus dias estão contados, fica a espreita de uma oportunidade para colocar seu plano em ação e fugir dali, mas um novo fato chama sua atenção durante uma ligação que o vilão recebe: seu nome é finalmente revelado.

O Escritor é surpreendido por uma repentina nova mudança de cativeiro, voltando para a primeira casa. Durante a volta para o local em que o pesadelo se deu início, uma chance de fuga surge para ele, mas é claro que o sequestrador não iria deixar ninguém atrapalhar seus planos.

Ricardo, continuando a leitura do caderno, acaba tendo mais informações sobre os acontecimentos com o Escritor. O sequestrador começa a mostrar sua face verdadeira em atitudes que nem mesmo um animal merecia passar.

Ricardo toma coragem e sobe até o sótão dos acontecimentos e tem um cenário nada satisfatório. Ao continuar a leitura, acaba sabendo que o sequestrador era alguém que buscava se prevenir dos acontecimentos, seja por jogos físicos ou mentais.

Ricardo ainda conversa com Cláudio sobre o resultado de seu julgamento, mas sem parecer muito otimista com o resultado futuro. Voltando a sessão, ele continua seu testemunho sobre sua leitura do diário do Escritor e o terrível sequestrador. O réu ainda relata que, após tomar coragem, ele finalmente subiu até o sótão, palco de toda aquela atrocidade.

Ricardo continua a leitura do estranho diário pela manhã, aonde o Escritor descreve as torturas psicológicas que seu sequestrador lhe aplicava. Os fatos eram tão repugnantes que o próprio juri pediu para que a sessão tivesse uma pausa, essa sendo usada para que Ricardo pudesse conversar com Claudio. Mas as palavras do advogado não eram bem as que o réu esperava ouvir.

Aquelas não eram as palavras que eu esperava ler logo no início do que eu julgava como um diário de uma criança. Continuei a leitura, com uma pulga atrás da orelha sobre o conteúdo daquele caderno. Mal consegui ler algumas páginas e a bateria do meu celular anunciou que estava sem carga, o que me forçou a esperar até o dia seguinte para continuar. Tentei não imaginar mais aquela história, mas apesar de me sentir cansado, virava de um lado pro outro no colchão, sem conseguir cair no poder de Hypnos.

Será que eu realmente deveria estar naquele lugar. Acho que não era isso que eu merecia... Um julgamento, o meu julgamento. Acusação? Assassinato. Mas não se pode contar uma história sem ter ouvido o que a personagem principal viveu, porém, essa não é a minha história... Ao menos, não é apenas a minha.