Neste episodio e no proximo focamos nos principais metodos em IFS: a Visão interna e o Acesso directo. Em IFS utilizamos três métodos para identificar, nomear partes, e estabelecer o relacionamento do Self com as partes: a Visão Interna, o Acesso Direto (implicito ou explicito) e a Externalização. Os dois primeiros, Visão interna e Acesso directo, são certamente os mais utilizados na clinica comum. A externalização poderá desempenhar um papel dominante no trabalho com crianças e em outras intervenções e grupos específicos.Hoje focaremos sobretudo na Visão interna, que nos parece ser a metodologia que os praticantes IFS mais procuram utilizar, de forma a garantir a presença de Self do paciente e assim promover relações internas do Self com as Partes, o que em IFS consideramos crucial e fundamental para a emergência de dinâmicas internas mais favoráveis.
É também importante mencionar que a Passagem da historia exterior que as partes contam, para a viagem interior em Visão Interna, testemunhada pelo Self, não costuma ser abrupta. Antes de convidarmos para esse desafio de se voltarem para dentro, iniciamos o paciente na linguagem de partes. Através da diferenciação e separação das partes, a energia do Self fica mais disponível. Quando os pacientes conseguem incorporar e habitar suficiente Self, a Visão interna é normalmente o método preferido, e o mais profícuo dado que é o espaço onde é o proprio paciente em Self e em plena presença - que inicia a transformação e a cura dos seus exilados e respetivas histórias, crenças e fardos. E embora não seja linear, todo o processo IFS pode decorrer em Visão Interna, sendo assim uma componente fundamental do fluir do modelo.