
Desde os anos de 1980, filósofos da ciência e sociólogos tem debatido as consequências sociais e epistêmicas do chamado novo modo de produção na ciência. Alguns autores denominaram tais mudanças de “ciência pósacadêmica” ou “pós-industrial”; “ciência finalizada”; “ciência pósnormal” ; “modo 2”; “capitalismo acadêmico”; “sistemas de inovação” e “tripla hélice”. Tais denominações referem-se a uma parceria entre Universidade, Indústria e Governos. Cada linha interpretativa está voltada para um tipo de diagnóstico da prática científica, bem como compreender a relação entre ciência e sociedade. Nesta apresentação mostraremos, segundo o físico e epistemólogo John Michael Ziman F. R. S. (1925-2005), que as transformações ocorridas na prática científica, desde os anos de 1980, têm levado a um processo de comoditização da atividade científica, segundo o qual há uma alteração na noção de valor que é dado ao conhecimento, onde o mesmo é visto mais como aplicado e instrumental. Também, apontaremos, segundo o mesmo autor, que o ethos da ciência acadêmica, tem sido guiado mais por normas empresariais e de gestão do que acadêmicas. Algumas consequências de tal modelo são: a massificação de publicação, pressão por publicação antes dos resultados obtidos, aumento do número de fraudes e adoecimento psíquico. Assim, poderemos perceber uma nova forma de organização e gestão dos cientistas, dos seus resultados, da política científica e também de seu financiamento.
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