O mês de junho, data em que gravamos o presente episódio, é o mês do Orgulho LGBTQIA+. A questão do orgulho em nada tem relação com uma visão de superioridade ou que nos achamos mais especiais que outras pessoas que pertencem a uma maioria. O que está em pauta aqui é a sobrevivência. São os direitos adquiridos. Temos orgulho de nossa luta e nossa caminhada. Coletiva e individual.
Cada LGBT, como abordado em outros episódios da primeira temporada, encontra em seu caminho determinados desafios que vão além das dificuldades experimentadas pela mera existência humana. Determinadas particularidades acabam cruzando o nosso caminho, apresentadas social e externamente a nós, e que poderiam ser evitadas se vivêssemos em uma sociedade menos hetero e cisnormativa. O problema não é ser hetero. O problema não é ser cis. O que é complicado é exigir que todos os sejam.
O presente episódio é muito importante para nós, do Coletivo Ser. O tema aqui proposto hoje, foi o tema que nos uniu e permitiu que nos consolidássemos como grupo. Na primeira temporada foi um tema bastante solicitado, e sabíamos que algum momento gravaríamos a respeito. Mas jamais faríamos isso sem respeitar um importante aprendizado que adquirimos ao longo do caminho profissional: NADA DE NÓS, SEM NÓS. O lugar de fala é imprescindível quando vamos discutir a respeito da vivência e existência de um grupo, seja ele qual for.
O grupo em questão, as pessoas trans, a famosa e ao mesmo tempo, esquecida letra T do emaranhado de letrinhas que representam as varias e possíveis minorias, é o tema central de nossa conversa de hoje. E para isso, convidamos pessoas mais do que especiais para tanto. Sejam bem vindex Lorenzo e Raphaela. O espaço é de vocês!
Produção: Compasso Coolab