
Nesse episódio vou tentar expor e analisar as falas de um de nossos personagens literários mais densos e sófregos: Policarpo Quaresma. E, logicamente, falar um pouco o que levou esse cidadão a entender-se estrangeiro em seu próprio país, levando-o ao seu “triste fim”. Livro “Pré-modernista” Triste Fim de Policarpo Quaresma (1911-1916) é pioneiro numa época de egos militares exarcebados e uma utópica visão ufanista do Brasil.
... O fim de minha vida são as letras. Eu não peço delas senão aquilo que elas me podem dar: glória! Eu sou afilhado de Nossa Senhora da Glória. Eu não quero ser deputado, não quero ser senador, não quero ser mais nada senão literato. Não peço às letras conquistas fáceis, não lhes peço gloríolas, peço-lhes coisa sólida e duradoura. E posso falar de carreira, porque se eu quisesse ter estas histórias, as teria de sobra. Eu abandonei tudo por elas; e a minha esperança é que elas me vão dar muita coisa. É o que me faz viver mergulhado nos meus desgostos, nas minhas mágoas, nos meus arrependimentos...
Influenciado por essas fatídicas palavras de Lima Barreto, o episódio de hoje vem desconstruir o Cidadão Patriota Brasileiro. Será que existe uma Pátria Amada? Será que esse solo é mesmo gentil? Será que podemos ser Brasileiros e ser Felizes ao mesmo tempo? O Mito existe? O Capitão é tudo isso mesmo?
“A pátria que quisera ter era um mito; era um fantasma criado por ele no silêncio do seu gabinete”.
Links dos artigos jornalísticos e artigos científicos neste episódio mencionados:
https://periodicos.ufms.br/index.php/revpres/article/view/7834/5652
https://www.ebiografia.com/lima_barreto/
https://www.bonslivrosparaler.com.br/livros/resenhas/o-triste-fim-de-policarpo-quaresma/2734
Contatos: bandejardel@gmail.com caoticoinglorio@gmail.com
https://www.instagram.com/caoticocast/ https://www.instagram.com/jardelbr_/