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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Cantinho da Psicóloga
60 episodes
23 hours ago
Os áudios dos conteúdos são gerados por IA - Inteligência Artificial a partir das centenas de textos e artigos elaborados por psicólogos.
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Síndrome do ninho cheio: quando os filhos adultos não saem de casa
A ideia de "ninho vazio" é bem conhecida: pais que enfrentam sentimentos de solidão e perda quando os filhos deixam o lar.
Mas existe uma outra realidade, cada vez mais comum, chamada síndrome do ninho cheio. Nela, os filhos adultos permanecem morando com os pais, muitas vezes sem previsão de saída. Esse fenômeno, embora possa parecer confortável ou conveniente no início, traz implicações emocionais, sociais e psicológicas que merecem atenção.
O que é a síndrome do ninho cheio
A síndrome do ninho cheio refere-se à convivência prolongada de filhos adultos na casa dos pais, em uma fase da vida em que já se esperaria maior independência. Então, ao contrário de períodos transitórios, como quando alguém fica em casa durante os estudos, esse fenômeno costuma se estender indefinidamente.
Embora não seja considerado um transtorno psicológico, o termo descreve um conjunto de sentimentos e desafios que podem surgir dessa situação, como sobrecarga dos pais, dificuldades de autonomia para os filhos e tensões nas relações familiares.
Em muitas sociedades tradicionais, era comum que várias gerações morassem juntas sob o mesmo teto. A família extensa garantia apoio mútuo, partilha de responsabilidades e segurança financeira. No entanto, com a modernização, urbanização e valorização da independência individual, especialmente no Ocidente, criou-se a expectativa de que os filhos adultos deixem a casa dos pais para construir suas próprias vidas.
No Brasil, esse movimento ganhou força nas últimas décadas do século XX, quando a busca pela autonomia pessoal e pela formação de novos lares se tornou parte do projeto de vida. Porém, nas últimas duas décadas, fatores econômicos, culturais e emocionais levaram a um aumento expressivo de filhos adultos permanecendo mais tempo na casa dos pais.
Essa realidade está longe de ser exclusiva do Brasil. Em países da Europa e nos Estados Unidos, o fenômeno também tem crescido. Em Portugal e na Itália, por exemplo, não é incomum que filhos morem com os pais até os 30 anos ou mais. Já no Japão, existe até um termo para descrever filhos adultos solteiros que vivem indefinidamente com os pais: "parasite singles".
Por que os filhos adultos permanecem em casa
As razões para o prolongamento dessa convivência são múltiplas e refletem tanto fatores externos quanto internos.
Dificuldades financeiras
O aumento do custo de vida, os salários muitas vezes insuficientes e o preço elevado de moradia são fatores decisivos. Muitos jovens optam por permanecer com os pais até conquistar maior estabilidade. Por exemplo, um recém-formado pode preferir juntar dinheiro antes de alugar um imóvel, adiando a saída de casa.
Instabilidade no mercado de trabalho
Carreiras mais competitivas e empregos temporários dificultam a independência. O receio de não conseguir sustentar um lar sozinho mantém muitos adultos na casa da família. É comum que jovens aceitem estágios ou contratos temporários sem se sentirem seguros para arcar com as responsabilidades de morar sozinhos.
Laços emocionais e dependência afetiva
Em algumas famílias, existe uma forte ligação emocional que dificulta o afastamento. Os filhos podem sentir medo de decepcionar os pais ou de enfrentar a solidão. Casos em que a mãe ou o pai exercem papel superprotetor também reforçam essa permanência.
Conforto e comodidade
Morar com os pais geralmente significa menos responsabilidades práticas, como pagar contas, cozinhar ou cuidar da casa. Essa comodidade pode prolongar a permanência. Um exemplo clássico é o filho adulto que, mesmo trabalhando, prefere destinar o salário apenas para lazer, viagens e consumo, sem precisar arcar com custos domésticos.
Mudanças culturais
Em algumas culturas, é comum que os filhos permaneçam por mais tempo na casa dos pais, seja até o casamento ou até terem plena estabilidade. No entanto, quando isso se transforma em dependência, pode se tornar prejudicial, pois adia experiências fundamentais para o crescimento pessoal.
Os impactos psicológicos da síndrom...
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1 day ago
9 minutes 35 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Hábitos que afetam sua saúde mental (e passam despercebidos)
Cuidar da saúde mental é um processo contínuo, mas muitas vezes deixamos de perceber pequenos hábitos que influenciam diretamente nosso bem-estar emocional.
Não se trata apenas de grandes acontecimentos, traumas ou pressões evidentes: o dia a dia também esconde armadilhas silenciosas que podem minar a qualidade de vida.
Hábitos que passam despercebidos e prejudicam a saúde mental
O cérebro humano funciona como uma engrenagem delicada, que responde às nossas escolhas diárias.
Rotinas, pensamentos e até mesmo atitudes aparentemente inofensivas podem, quando acumuladas, gerar estresse, ansiedade, depressão ou desgaste emocional.
Logo, é importante lembrar que não existe um hábito "neutro": cada decisão tem um impacto, seja ele positivo ou negativo.
Por isso, observar a si mesmo é o primeiro passo para cultivar uma vida mental mais saudável.
Muitas vezes não associamos a insônia, a dificuldade de concentração ou o mau humor a determinados comportamentos que já fazem parte da nossa rotina.
Veja alguns costumes que podem estar te afetando completamente:
1. Uso excessivo de redes sociais
As redes sociais podem ser uma ferramenta poderosa de conexão, mas também são uma das maiores fontes de comparação social.
Por exemplo, o hábito de checar constantemente notificações ou de rolar infinitamente o feed pode provocar sentimentos de inadequação, inveja e ansiedade.
Isso ocorre porque a maior parte dos conteúdos é editada e idealizada, criando uma sensação de que a vida dos outros é sempre melhor.
Além disso, a dependência digital pode reduzir o tempo de sono, prejudicar relacionamentos presenciais e afetar a produtividade no trabalho ou nos estudos.
2. Dormir mal e negligenciar o descanso
Muitos associam a falta de sono apenas ao cansaço físico, mas ela tem efeitos profundos sobre a saúde mental.
A privação de sono está ligada, por exemplo, ao aumento da irritabilidade, dificuldade de concentração, alteração no humor e até maior predisposição a transtornos como depressão e ansiedade.
Dormir mal, ainda que por poucas horas a menos do que o necessário, pode se acumular ao longo do tempo e comprometer o equilíbrio emocional.
3. Não estabelecer limites pessoais
Dizer "sim" a tudo, assumir responsabilidades além da conta e não respeitar o próprio espaço são atitudes comuns, mas altamente desgastantes.
Pessoas que não estabelecem limites acabam sobrecarregadas, com a sensação de que nunca conseguem dar conta de tudo.
Isso gera estresse crônico e pode levar a episódios de burnout.
Estabelecer limites saudáveis não significa egoísmo, mas sim autocuidado. Saber recusar convites, dividir responsabilidades e priorizar o próprio bem-estar são atitudes fundamentais.
4. Alimentação desbalanceada
O que comemos influencia diretamente o funcionamento do cérebro.
Por exemplo, uma dieta pobre em nutrientes, rica em ultraprocessados, açúcares e gorduras saturadas pode aumentar a fadiga mental, dificultar a regulação do humor e impactar negativamente a concentração.
Por outro lado, alimentos ricos em fibras, vitaminas, minerais e proteínas de qualidade estão associados ao fortalecimento da saúde mental.
5. Falta de atividade física
A ausência de movimento corporal prejudica não apenas a saúde física, mas também a mental.
O exercício físico regular libera endorfina, dopamina e serotonina, neurotransmissores relacionados à sensação de prazer, motivação e bem-estar.
Logo, quando negligenciamos a prática, ficamos mais suscetíveis a quadros de desânimo, ansiedade e baixa autoestima.
6. Isolamento social
O ser humano é naturalmente social. Mesmo pessoas mais introvertidas precisam de conexão genuína com outras para manter uma boa saúde mental.
O hábito de se isolar, seja por comodidade, vergonha ou falta de tempo, pode intensificar sentimentos de solidão, tristeza e ansiedade.
Assim sendo, ter uma rede de apoio, mesmo pequena, é essencial.
7. Pensamentos autocríticos em excesso
A autocrítica pode ser útil em pequenas doses, ajudando no autodesenvolvimento.
Porém...
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3 days ago
8 minutes 41 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
9 dicas para não sofrer mais com a procrastinação
Todos nós, em algum momento da vida, já procrastinamos, seja por uma questão física ou psicológica, não é mesmo? Até aí, nada demais! O problema é quando a procrastinação, isto é, o ato de adiar a realização de atividades, se torna um hábito diário, que passa, inclusive, a fazer parte da personalidade do indivíduo.
Diante disso, ser uma pessoa que procrastina, muito embora ofereça uma imediata sensação de alívio pelo adiamento de determinada atividade, pode se transformar em uma fonte de ansiedade e angústia, por sempre estar atrasado e ter que atuar sob pressão.
Por esses e outros prejuízos, preparamos este conteúdo com várias dicas para você vencer a procrastinação e melhorar a sua autoestima e outros aspectos emocionais. Confira!
Como superar a procrastinação?
A seguir, listamos algumas dicas práticas e úteis de como vencer a procrastinação:
1. Crie uma lista de tarefas
A organização é o primeiro passo para parar de procrastinar. Por isso, crie uma lista com todas as tarefas que você precisa resolver diariamente e semanalmente.
Enumere a partir de uma ordem de prioridade, em que as atividades mais importantes sejam finalizadas primeiro. Assim, à medida em que você for concluindo cada tarefa, dê um check para conseguir visualizar o que foi concluído e o que ainda precisa ser feito. Essa é uma forma de ter um controle maior do seu tempo.
Apesar de ser uma dica simples, essa é uma boa saída para organizar a sua rotina e evitar a procrastinação.
2. Estipule um tempo para cada tarefa
Tendo bem claro quais são as tarefas que você precisa realizar, o próximo passo é definir um tempo para cada uma.
Algumas são mais longas e outras demandam menos tempo. Nesse sentido, faça uma análise de cada uma delas para adicionar uma média de minutos/horas e, assim, conseguir planejar o seu dia.
Além de evitar que você procrastine, essa importante medida te torna mais produtivo e gera um estímulo maior para alcançar as metas e cumprir as tarefas.
3. Elimine as distrações
Uma das causas da procrastinação é justamente os diferentes estímulos que causam a distração. Não é incomum, por exemplo, passar horas nas redes sociais enquanto as atividades vão se acumulando e sendo adiadas.
Por isso, é importante eliminar as distrações, como deixar o celular em outro cômodo na hora do trabalho (ou no silencioso, se ele tiver que ficar por perto), manter a televisão desligada e/ou solicitar educadamente aos moradores da sua casa - se o trabalho for home office - que não o interrompam durante o serviço.
Todas essas medidas ajudarão a manter o foco e, assim, evitar a procrastinação.
4. Encontre aquilo que te motiva
Descobrir quais são as coisas que te motivam também é muito importante para obter a força de vontade necessária para realizar as atividades que você precisa.
Se, por exemplo, você tem o desejo de alcançar um cargo de liderança na empresa em que trabalha ou quer ter uma estabilidade financeira para oferecer melhores condições à sua família, então terá uma boa motivação para não atrasar as suas entregas do serviço.
Por meio de cada objetivo e motivação, será possível evitar a procrastinação. Utilize essa estratégia como sua aliada!
5. Realize pausas ao longo do dia
Não, você não leu errado! Realizar algumas pausas ao longo do dia é importante justamente porque um dos motivos da procrastinação é o cansaço.
Erroneamente, achamos que qualquer intervalo é um ato de procrastinar. No entanto, quando o assunto é descansar e repor as energias, essa deve ser uma prioridade para conseguir ser produtivo até o final do dia.
Desse modo, quando você estiver organizando a sua lista de tarefas e estipulando o tempo para a realização de cada uma, lembre-se de incluir pequenos intervalos de 10 a 20 minutos. Durante esse período, você pode tirar um cochilo, caminhar, ouvir uma música ou simplesmente levantar para esticar as pernas, por exemplo.
Essa é uma estratégia para não procrastinar, mas também para manter o autocuidado.
6. Recompense suas conquistas
A motivação ...
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5 days ago
6 minutes 56 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Por que oferecer a terapia como um benefício na sua empresa?
Oferecer terapia como benefício na empresa é uma forma estratégica de cuidar da saúde mental dos colaboradores e, ao mesmo tempo, melhorar o desempenho da equipe.
Convém mencionar que, com o aumento de casos de estresse, ansiedade e burnout no ambiente corporativo, esse apoio tem se tornado cada vez mais necessário.
Entenda, neste artigo, como funciona a terapia como benefício, seus impactos e como implementá-la na sua empresa.
O que é o vale-terapia?
O vale-terapia é um benefício corporativo que oferece aos colaboradores acesso a sessões de psicoterapia com profissionais qualificados.
Assim, ele pode ser custeado total ou parcialmente pela empresa, funcionando como uma forma de cuidado com a saúde emocional dos funcionários.
Semelhante ao vale-alimentação ou o plano de saúde, o vale-terapia pode ser:
Um reembolso mensal para sessões com psicólogos.
Um crédito em plataformas de atendimento online.
Uma parceria com clínicas ou profissionais conveniados.
Dessa forma, esse benefício demonstra que a empresa se importa com o bem-estar da equipe e está atenta às demandas emocionais que impactam diretamente o ambiente de trabalho.
Quais são os benefícios para os funcionários do vale-terapia?
Oferecer terapia como benefício na empresa impacta diretamente a qualidade de vida dos colaboradores, pois o acesso facilitado ao acompanhamento psicológico fortalece o bem-estar emocional de forma geral.
Abaixo separamos os principais benefícios que o vale-terapia proporciona aos funcionários:
Redução do estresse e da ansiedade
O acesso regular à terapia ajuda o colaborador a lidar com pressões, demandas e conflitos do dia a dia. Isso reduz os níveis de estresse e ansiedade, promovendo maior equilíbrio emocional e prevenindo sintomas mais graves, como crises de pânico ou esgotamento físico e mental no ambiente de trabalho.
Prevenção de problemas emocionais
A psicoterapia tem um papel essencial na prevenção de transtornos como depressão, burnout e insônia. Isso porque, ao permitir que o colaborador fale sobre suas dificuldades com um profissional, o vale-terapia atua como uma ferramenta de prevenção contínua.
Melhora do desempenho profissional
Funcionários emocionalmente saudáveis conseguem se concentrar melhor, desempenhar as tarefas com mais facilidade e lidar com prazos e responsabilidades com mais equilíbrio. O resultado é uma maior produtividade e a entrega de resultados com mais qualidade, mesmo em contextos de pressão ou mudança organizacional.
Fortalecimento da autoestima e autoconhecimento
A terapia favorece o desenvolvimento pessoal, ajudando o colaborador a identificar suas capacidades, limites e emoções. Isso fortalece a autoestima, melhora a tomada de decisões e contribui para relações interpessoais mais saudáveis no trabalho e fora dele, além de gerar mais motivação e senso de propósito.
Acolhimento em momentos difíceis
Problemas pessoais, perdas ou mudanças importantes impactam diretamente o bem-estar no trabalho. Portanto, ter acesso à terapia nesse contexto possibilita o enfrentamento desses momentos com mais segurança, evitando que questões externas interfiram negativamente na rotina e nas relações dentro da empresa.
Quais são os benefícios para a empresa de oferecer a terapia como benefício?
Investir em terapia como benefício na empresa não é apenas uma ação de cuidado com o colaborador, é também uma estratégia inteligente para fortalecer a cultura organizacional, melhorar o clima e obter melhores resultados.
Por isso, separamos abaixo os principais ganhos para a empresa que adota essa prática:
Redução de afastamentos por saúde mental
Problemas emocionais estão entre as principais causas de afastamento no trabalho. Dessa forma, com o vale-terapia, a empresa reduz esse risco, previne quadros mais graves e diminui custos com licenças médicas e rotatividade de pessoal.
Aumento da produtividade e foco
Funcionários que recebem apoio psicológico lidam melhor com pressões e mantêm o foco nas tarefas. O resultado é uma equipe mais p...
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6 days ago
8 minutes 8 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Adolescência tardia: por que o amadurecimento emocional está sendo adiado?
A adolescência é um período de intensas transformações físicas, cognitivas e emocionais. Tradicionalmente, ela era compreendida como a transição da infância para a vida adulta, ocorrendo entre os 12 e os 18 anos.
No entanto, nas últimas décadas, pesquisadores, psicólogos e educadores vêm observando um fenômeno crescente: a adolescência tardia. São jovens que, mesmo na faixa dos 20 ou 30 anos, ainda apresentam comportamentos típicos da adolescência. Então, o amadurecimento emocional, que outrora era esperado ao final da adolescência tradicional, agora parece estar sendo adiado.
O que é a adolescência tardia?
A adolescência tardia é uma extensão do período de transição entre a infância e a vida adulta, marcada por uma demora no desenvolvimento emocional, na autonomia e na assunção de responsabilidades típicas da vida adulta. Embora biologicamente o indivíduo seja adulto, muitos ainda mantêm atitudes, expectativas e padrões de comportamento que remetem à adolescência.
Esse conceito não é uma invenção recente. Por isso, a psicologia do desenvolvimento já vem identificando há algum tempo a emergência de uma nova fase intermediária, que alguns chamam de "adultescência" ou "emerging adulthood", termo criado pelo psicólogo Jeffrey Arnett.
Mudanças sociais e culturais que influenciam esse fenômeno
O atraso no amadurecimento emocional não pode ser entendido sem considerar o contexto social e cultural em que vivemos. Então, as últimas décadas trouxeram transformações profundas nas estruturas familiares, no mercado de trabalho e nas formas de socialização.
Essas mudanças impactam diretamente o modo como os jovens se desenvolvem e constroem suas identidades. A adolescência tardia, portanto, não é um simples capricho geracional, mas um reflexo de um mundo que também mudou.
A pressão e as exigências do mercado de trabalho
Antigamente, era comum que os jovens começassem a trabalhar cedo e assumissem responsabilidades familiares ainda na juventude. Hoje, com a exigência crescente de formação acadêmica, especializações e experiências diversas, o ingresso pleno no mercado de trabalho ocorre cada vez mais tarde.
Esse cenário prolonga a dependência financeira dos pais e adia projetos de vida como sair de casa, casar ou ter filhos. A autonomia, portanto, fica comprometida, o que afeta diretamente o amadurecimento emocional.
O papel da família na manutenção da dependência
A estrutura familiar também contribui para a adolescência tardia. Muitos pais, em vez de promoverem a independência de seus filhos, acabam por reforçar comportamentos de dependência. Essa superproteção, embora bem-intencionada, impede que os jovens desenvolvam habilidades essenciais para a vida adulta, como resiliência, responsabilidade e capacidade de tomar decisões.
Além disso, em muitos lares, a ideia de "criança eterna" é alimentada, com os pais tratando filhos adultos como se ainda fossem adolescentes, o que gera uma dificuldade real de se verem como adultos, além de gerar traumas.
As redes sociais e o narcisismo juvenil
O uso intensivo das redes sociais criou um ambiente em que o reconhecimento externo se tornou um dos principais validadores da autoestima. Por isso, muitos jovens constroem identidades digitais idealizadas, buscando curtidas e aprovação constante.
Esse cenário favorece o desenvolvimento de um narcisismo juvenil, em que o outro é visto mais como espelho do que como sujeito. Esse padrão relacional superficial dificulta o amadurecimento emocional, já que o processo exige enfrentamento de frustrações, reconhecimento das próprias limitações e a construção de vínculos mais profundos.
As características da adolescência tardia
Os indivíduos que vivenciam uma adolescência prolongada geralmente compartilham algumas características comuns, que ajudam a entender por que esse período se estende tanto.
Essas características não são necessariamente patológicas, mas apontam para desafios no desenvolvimento que precisam ser acolhidos e trabalhados.
Dificuldade em assumir re...
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1 week ago
8 minutes 55 seconds

Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Como as comparações sociais afetam sua autoestima
A comparação em relação aos outros é algo natural. Desde pequenos, observamos diferenças de habilidades, aparências, conquistas e reconhecimentos.
Esse comportamento acompanha o desenvolvimento humano, mas ganha contornos específicos em cada fase da vida.
Se, por um lado, a comparação pode servir de referência e até inspirar melhorias, por outro, pode minar a autoestima quando se torna excessiva ou distorcida.
Hoje, com o uso intenso das redes sociais, essa dinâmica se intensifica, já que somos expostos constantemente a versões editadas da vida alheia.
Logo, entender o impacto das comparações sociais sobre a autoestima é fundamental para aprender a lidar melhor com elas.
O que são comparações sociais
Segundo a teoria da comparação social de Leon Festinger (1954), as pessoas têm a necessidade de avaliar a si mesmas e, para isso, recorrem à comparação com outras.
Essas comparações podem ser:
Ascendentes: quando olhamos para quem parece estar em melhor situação.
Descendentes: quando observamos quem está em condição aparentemente inferior.
Laterais: quando a referência é alguém semelhante a nós em contexto ou capacidade.
O problema surge quando as comparações deixam de ser um recurso de orientação e passam a ser um padrão constante de desvalorização pessoal.
O impacto das comparações na infância
Na infância, as comparações costumam surgir no ambiente familiar e escolar.
Família: frases como "Seu irmão come melhor que você" ou "Olha como seu primo já sabe ler" podem gerar sentimentos de inferioridade e prejudicar a autoconfiança da criança.
Escola: notas, desempenho esportivo e habilidades artísticas tornam-se pontos de comparação natural. Crianças que não se destacam podem começar a acreditar que "não são boas o suficiente" dentro de seu inconsciente.
Consequências na autoestima infantil
Medo de errar e de não corresponder às expectativas.
Sensação de que o amor e a aceitação dos adultos dependem de desempenho.
Dificuldade em reconhecer e valorizar suas próprias conquistas.
Quando a criança é incentivada a se comparar com os outros de forma saudável, pode sentir-se estimulada a aprender e evoluir.
Assim sendo, quando essas comparações são usadas como forma de cobrança ou crítica, podem gerar marcas duradouras.
O impacto das comparações na adolescência
A adolescência é uma fase em que a identidade está em construção. O jovem busca pertencimento, e a opinião dos pares passa a ter grande importância.
Aparência física: questões de corpo, peso e estilo tornam-se centrais. A comparação com celebridades e influenciadores digitais pode intensificar a insatisfação.
Popularidade: quem tem mais amigos, seguidores ou interações nas redes sociais passa a ser parâmetro de valor pessoal.
Desempenho acadêmico: competir por boas notas ou aprovações em vestibulares também se torna fonte de comparação.
Consequências na autoestima adolescente
Risco aumentado de ansiedade, depressão e transtornos alimentares.
Sentimentos de exclusão social quando não se atinge o padrão esperado.
Fragilidade na autoimagem, que se torna dependente da validação externa.
Por outro lado, comparações saudáveis podem servir como estímulo para estabelecer metas e desenvolver habilidades, desde que o adolescente tenha suporte emocional e orientação adequada.
O impacto das comparações na vida adulta
Na fase adulta, as comparações sociais continuam presentes, mas os focos mudam.
Carreira e sucesso profissional: promoções, salários, cargos e reconhecimento tornam-se fatores frequentes de comparação.
Relacionamentos: status de relacionamento (casado, solteiro, com filhos ou não) é constantemente comparado, principalmente em círculos sociais próximos.
Estilo de vida: viagens, bens materiais e conquistas pessoais exibidas em redes sociais reforçam a sensação de competição invisível.
Consequências na autoestima adulta
Insatisfação crônica com a própria trajetória.
Burnout, quando a busca por se equiparar ao outro gera sobrecarga.
Sensação de "estar atrasado" em relação à vida dos ...
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1 week ago
10 minutes 3 seconds

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Como saber se tenho depressão? Veja 14 sinais para observar
Para responder à pergunta "como saber se tenho depressão", é necessário estar atento aos principais sinais desta condição, como sensação de vazio, tristeza profunda, problemas para dormir e, em casos mais avançados, pensamentos suicidas.
Apesar de os sintomas variarem de pessoa para pessoa, é imprescindível saber reconhecê-los para procurar ajuda imediata e evitar que o caso se agrave.
Neste artigo, listamos 14 sinais que não devem passar despercebidos na hora de descobrir se você ou alguém próximo pode estar com depressão. Confira!
1. Qual é o primeiro sinal da depressão?
2. 14 sintomas comuns da depressão
3. Quando buscar ajuda profissional?
4. Tratamento para a depressão
5. Como ajudar alguém com sinais de depressão?
6. Terapia online com segurança, acolhimento e acessibilidade na Psitto
Qual é o primeiro sinal da depressão?
A depressão é uma condição psíquica que afeta o emocional e o humor do indivíduo. Portanto, o primeiro sinal estará relacionado a esses aspectos, como: tristeza persistente, pessimismo, baixa autoestima, oscilações de humor e/ou pensamentos negativos.
Além deles, a anedonia, isto é, a perda de prazer em atividades antes prazerosas também costuma ser um dos primeiros sintomas desta condição.
Convém mencionar que eles podem aparecer isolados ou de forma simultânea, mas sempre serão frequentes no caso da depressão. Assim, sentir constantemente alguma ou algumas dessas emoções devem ser sinal de alerta.
Tristeza x depressão
Apesar de a tristeza ser um dos sintomas de um quadro de depressão, é preciso saber diferenciar essas duas condições. Nesse sentido, a tristeza é uma emoção normal - que todos nós vivenciamos -, temporária e que costuma se resolver sozinha.
Enquanto isso, a depressão é uma condição médica profunda e que exige tratamento multidisciplinar (psiquiatra, psicólogo, etc.). Ela afeta o funcionamento geral da pessoa por um período prolongado, com consequências para a sua vida pessoal, profissional e social.
Além disso, um outro ponto que diferencia essas duas condições é que a tristeza geralmente tem uma causa identificável, ou seja, ela costuma originar de algum evento específico, logo o indivíduo sabe suas razões.
Por outro lado, a depressão pode surgir sem uma razão aparente, o que, muitas vezes, deixa a pessoa confusa, uma vez que se sente profundamente triste, mas sem entender o porquê.
14 sintomas comuns da depressão
A depressão se manifesta de diferentes formas e nem sempre o principal sintoma é a tristeza, podendo ser qualquer um dos sinais que listaremos abaixo.
O que é mais importante saber aqui é que a combinação de vários sintomas configura como um sinal de alerta mais pontual do que um sintoma isolado, que muitas vezes pode ser proveniente de algum evento específico, se resolvendo em pouco tempo.
Ou seja, atente-se à combinação de sintomas e à duração desses. Para te ajudar, mencionamos os mais comuns abaixo:
1. Cansaço constante
Um dos sintomas mais comuns é a fadiga. Quem tem depressão sente cansaço ao executar atividades simples do dia a dia, como varrer o chão e lavar a louça. Só de pensar na lista de afazeres pendentes, a pessoa depressiva já fica cansada.
Muitas vezes, o cansaço exacerbado é confundido com preguiça. Quando o tratamento para depressão é iniciado, a pessoa percebe que, na verdade, ela não é preguiçosa. A depressão estava a impedindo de ser mais ativa.
2. Sensação de vazio
Esta é uma sensação extremamente desagradável. Ela rouba a graça da vida. Para tentar preencher o vazio emocional dentro de si, o depressivo desesperadamente procura por coisas para lhe dar prazer.
Festas, relacionamentos, eventos sociais… Porém, nada consegue despertar aquela vontade de aproveitar a vida que ele sentia antes.
3. Tristeza
Ficamos tristes quando perdemos alguém que amamos, não conseguimos o emprego dos sonhos, sofremos uma decepção amorosa, etc. Em outras palavras, a tristeza precisa existir por uma razão. Quando a tristeza surge do nada e permanece conosco por dias seguidos,...
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1 week ago
12 minutes 43 seconds

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Identidade: quem sou eu além dos rótulos que carrego?
A busca pela identidade é uma das questões mais universais da experiência humana. Todos nós, em algum momento, nos perguntamos: quem sou eu? Porém, essa resposta não é simples, pois envolve a forma como nos percebemos, a maneira como somos vistos pelos outros e os rótulos que carregamos ao longo da vida.
Por isso, é importante refletir sobre identidade, autoconhecimento e o impacto dos rótulos em nossa construção pessoal, além de trazer caminhos para viver de forma mais autêntica.
O que é identidade?
Identidade pode ser entendida como o conjunto de características, valores, crenças e experiências que formam nossa individualidade. Ela está em constante transformação, acompanhando as mudanças internas e externas que enfrentamos. Assim, identidade não é algo fixo ou imutável, mas um processo dinâmico.
Nossa identidade é construída a partir de:
Histórias pessoais e familiares.
Relações sociais.
Cultura e contexto histórico.
Experiências individuais.
Valores e escolhas.
Ou seja, somos um mosaico de influências, escolhas e descobertas, que nunca está completo.
A influência dos rótulos
Desde cedo, recebemos rótulos: "bom aluno", "rebelde", "tímido", "responsável". Alguns nos ajudam a entender quem somos, mas outros podem limitar nossa percepção ou se transformar em prisões invisíveis.
Rótulos sociais
Esses rótulos surgem de estereótipos e expectativas sociais relacionadas a gênero, profissão, religião, orientação sexual ou origem étnica. Então, eles podem gerar preconceitos e restringir o potencial de cada indivíduo.
Rótulos familiares
No ambiente familiar, muitas vezes, recebemos papéis definidos: o filho obediente, o engraçado, o que dá trabalho. Esses rótulos, ainda que não sejam intencionais, podem influenciar profundamente a forma como nos enxergamos.
Rótulos internos
Além dos rótulos externos, também criamos rótulos internos a partir de nossas experiências. Por exemplo: "sou incompetente", "não consigo manter relacionamentos". Esses rótulos podem ser ainda mais difíceis de desconstruir, pois estão ligados à autocrítica.
Quando os rótulos se tornam limitadores
Os rótulos não são necessariamente negativos. Eles podem oferecer referências e até fortalecer nossa identidade em alguns aspectos. No entanto, tornam-se prejudiciais quando:
Definem rigidamente quem somos.
Impedem a exploração de novas possibilidades.
Estão carregados de julgamentos negativos.
Criam expectativas impossíveis de serem cumpridas.
Reforçam desigualdades sociais.
Viver preso a rótulos pode nos afastar da autenticidade e do autodescobrimento.
A importância do autoconhecimento
O autoconhecimento é o caminho para além dos rótulos. Conhecer nossos valores, sentimentos e limites nos ajuda a construir uma identidade mais autêntica e menos dependente de classificações externas.
Algumas práticas de autoconhecimento que você pode testar são:
Reflexão pessoal: reservar momentos para pensar sobre experiências e emoções.
Escrita terapêutica: registrar pensamentos e sentimentos em um diário.
Terapia: contar com o apoio profissional para aprofundar o autoconhecimento.
Feedbacks construtivos: ouvir como as pessoas próximas nos percebem, sem deixar que isso seja definitivo.
A identidade na psique humana
Na tentativa de encontrar segurança, muitas pessoas buscam uma identidade fixa, que não muda. No entanto, essa rigidez pode gerar sofrimento. A vida é marcada por transições, e aceitar a fluidez da identidade permite maior liberdade e autenticidade.
Um dos maiores desafios na construção da identidade é aceitar que estamos em constante transformação. Muitas vezes, sentimos necessidade de permanecer fiéis a um rótulo ou papel, mesmo quando já não nos identificamos com ele.
Mudanças de carreira, término de relacionamentos, novas fases da vida ou mesmo transformações internas podem nos levar a revisar quem somos. Abraçar essas mudanças faz parte do processo de amadurecimento.
Isso porque a cultura exerce influência direta sobre nossa identidade, e ela está em constante evolução...
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1 week ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Arquétipos: padrões inconscientes que moldam quem somos
Os arquétipos são imagens universais, símbolos e padrões de comportamento que fazem parte do inconsciente humano. Eles influenciam a forma como pensamos, sentimos e nos relacionamos com o mundo, muitas vezes sem que percebamos.
A ideia de arquétipos ganhou destaque com o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, que os descreveu como estruturas inatas presentes no inconsciente coletivo - uma camada mais profunda da mente humana compartilhada por todos nós.
Compreender como esses padrões atuam pode nos ajudar a interpretar nossos comportamentos, nossas escolhas e até os desafios que enfrentamos ao longo da vida.
O que são arquétipos
Arquétipos podem ser entendidos como modelos primordiais de comportamento que estão presentes em todas as culturas, épocas e tradições. Eles aparecem em mitos, contos, religiões, literatura, cinema e até na publicidade, pois falam diretamente com algo profundo e universal em nós. Não são imagens fixas, mas sim padrões que orientam como lidamos com experiências e situações.
Por exemplo, figuras como o herói, a mãe, o sábio ou o rebelde não pertencem a uma cultura específica, mas se repetem em diferentes contextos ao longo da história. Essas imagens arquetípicas ativam emoções, valores e modos de agir que nos guiam inconscientemente.
A teoria de Jung sobre arquétipos
Para Jung, o inconsciente humano é dividido em duas camadas: o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo. O primeiro está relacionado às nossas experiências individuais, enquanto o segundo contém conteúdos herdados da humanidade, que se manifestam por meio dos arquétipos.
Inconsciente coletivo
O inconsciente coletivo é como um reservatório de memórias universais, formado por experiências humanas repetidas ao longo do tempo. Nele, estão guardadas imagens e símbolos que atravessam culturas e épocas, e que emergem de forma espontânea em sonhos, fantasias, obras de arte e comportamentos.
Arquétipos como imagens universais
Cada arquétipo representa um conjunto de significados e energias. Eles não são comportamentos prontos, mas tendências que influenciam nossas escolhas e nossas expectativas. Assim, um arquétipo pode se manifestar de maneiras diferentes dependendo da cultura ou da pessoa, mas sua essência permanece reconhecível.
Exemplos de arquétipos e seus significados
Existem inúmeros arquétipos, mas alguns se destacam por serem mais recorrentes e facilmente identificáveis. Cada um deles carrega luz e sombra, ou seja, aspectos construtivos e destrutivos.
O herói
O arquétipo do herói representa coragem, superação e busca por propósito. É aquele que enfrenta desafios, vence obstáculos e inspira outras pessoas. Sua sombra, porém, pode se manifestar como arrogância, necessidade de reconhecimento ou busca incessante por batalhas.
A mãe
Associada ao cuidado, nutrição e acolhimento, a mãe é o arquétipo que simboliza a proteção e a vida. Em sua forma negativa, pode se expressar como superproteção, controle excessivo ou dificuldade em permitir a autonomia do outro.
O sábio
O sábio está ligado ao conhecimento, à reflexão e à busca pela verdade. É o arquétipo que inspira a busca por respostas profundas e orienta decisões. No entanto, quando em excesso, pode gerar distanciamento emocional ou paralisia pela análise.
O rebelde
O rebelde é aquele que rompe regras, desafia sistemas e busca mudanças. Representa inovação e liberdade, mas também pode se manifestar como destruição sem propósito ou oposição por oposição.
O amante
Esse arquétipo conecta-se à paixão, ao desejo e à busca pela união. Pode trazer beleza e intensidade às relações, mas também pode gerar dependência emocional ou perda da individualidade e da independência.
Arquétipos no cotidiano
Mesmo que muitas vezes não estejamos conscientes deles, os arquétipos se manifestam em nosso dia a dia. Eles aparecem nas nossas escolhas de carreira, nos relacionamentos, nos sonhos e até na forma como consumimos produtos e marcas.
Publicidade e marketing exploram arquétipos para criar conexões emocionais po...
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1 week ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Os efeitos dos videogames no comportamento e na mente
O mundo dos videogames cresceu exponencialmente nas últimas décadas. O que antes era visto como um passatempo infantil ou juvenil se transformou em uma indústria multimilionária que atravessa gerações, gêneros e culturas.
Mas, com esse crescimento, surgem também muitas dúvidas: afinal, quais são os efeitos psicológicos dos videogames? Eles influenciam o comportamento? Podem ser benéficos para a mente ou apenas causam problemas?
Benefícios psicológicos dos videogames
Antes de falarmos sobre possíveis impactos negativos, é importante reconhecer que os jogos também podem trazer benefícios.
Estímulo cognitivo
Jogos que exigem raciocínio lógico, estratégia ou memória contribuem para o desenvolvimento de funções executivas. Jogos de ação, por exemplo, aumentam a atenção visual seletiva e a velocidade de processamento. Já jogos de estratégia podem melhorar a tomada de decisão, o planejamento e a flexibilidade mental.
Esses ganhos cognitivos são especialmente relevantes em faixas etárias como a infância e a velhice, nas quais o cérebro está, respectivamente, em desenvolvimento ou em declínio gradual. Por isso, em ambos os casos, jogos bem escolhidos e moderadamente utilizados podem funcionar como exercícios para a mente.
Redução do estresse e melhora do humor
Diversos jogadores relatam usar os videogames como forma de relaxar após um dia estressante. Então, pesquisas mostram que jogos com componentes recompensadores, narrativas envolventes e ambientes imersivos ajudam a regular o humor, especialmente em pessoas com sintomas leves de ansiedade ou tristeza.
A liberação de dopamina associada à experiência de sucesso nos jogos pode contribuir momentaneamente para o bem-estar emocional. É claro que isso não substitui abordagens terapêuticas formais em casos mais graves, mas pode ser um recurso complementar em alguns contextos.
Socialização e senso de pertencimento
Jogos multiplayer e comunidades online oferecem oportunidades de socialização, inclusive para pessoas que têm dificuldades com interações presenciais. Para adolescentes e jovens adultos, isso pode criar um senso de pertencimento importante, principalmente quando se sentem marginalizados em outros espaços.
Alguns jogos promovem a colaboração e a construção de estratégias em grupo, fortalecendo vínculos e até ensinando habilidades sociais, como negociação, empatia e liderança.
Os riscos psicológicos do uso excessivo
Apesar dos benefícios, o uso excessivo ou inadequado dos videogames pode acarretar prejuízos importantes para a saúde mental e emocional. O impacto varia de pessoa para pessoa, mas alguns riscos já são bem documentados.
Comportamentos compulsivos e vício em jogos
Uma das maiores preocupações atuais é o desenvolvimento de comportamentos compulsivos relacionados aos jogos, especialmente os online e competitivos. Em 2018, a Organização Mundial da Saúde reconheceu oficialmente o transtorno por uso de videogames como condição de saúde mental.
Esse transtorno se caracteriza por uma perda de controle sobre o tempo de jogo, prioridade excessiva aos jogos em detrimento de outras atividades e a manutenção do hábito mesmo diante de consequências negativas, como problemas escolares, familiares ou profissionais.
Isolamento social e prejuízos na vida cotidiana
Embora os jogos possam promover socialização, o uso desmedido pode gerar o efeito oposto: o isolamento. Jogadores que passam muitas horas imersos em mundos virtuais podem negligenciar suas relações reais, reduzindo o contato com amigos, familiares e colegas.
Em adolescentes, isso pode se manifestar como dificuldade de interação social, queda no rendimento escolar e aumento da irritabilidade. Já em adultos, pode afetar o desempenho no trabalho, o autocuidado e os relacionamentos afetivos.
Ansiedade, frustração e agressividade
Jogos com desafios constantes, recompensas imediatas e alta competitividade podem aumentar os níveis de ansiedade em jogadores mais vulneráveis. Além disso, a frustração diante de derrotas sucessivas ou ...
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2 weeks ago
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Medo de ser feliz: por que algumas pessoas sabotam a própria alegria?
A felicidade é um dos maiores desejos do ser humano. Desde cedo, buscamos experiências, relacionamentos e conquistas que nos proporcionem bem-estar e realização.
No entanto, para algumas pessoas, a proximidade com a felicidade desperta medo, ansiedade e até comportamentos de autossabotagem. Essa contradição intrigante, conhecida como medo de ser feliz, revela muito sobre os conflitos internos e as crenças que carregamos.
O que significa ter medo da felicidade
O medo da felicidade não é simplesmente ausência de alegria. Trata-se de uma resistência inconsciente a viver momentos de prazer, conquistas ou satisfação. Muitas vezes, a pessoa evita situações que poderiam trazer realização ou, quando as vive, rapidamente se sabota, acreditando que algo ruim vai acontecer logo em seguida.
Esse fenômeno está relacionado a crenças profundas, construídas ao longo da vida, que associam a felicidade a riscos, perdas ou consequências negativas.
Por que algumas pessoas sabotam a própria alegria
Existem diferentes fatores que podem levar alguém a desenvolver medo da felicidade. Na maioria das vezes, esses fatores se entrelaçam e se manifestam em padrões de comportamento.
Experiências negativas do passado
Muitas pessoas associam momentos de alegria a desfechos dolorosos. Por exemplo, alguém que viveu uma fase feliz antes de uma perda significativa pode desenvolver a crença de que ser feliz atrai infortúnios. Assim, a mente cria uma defesa: evitar a felicidade seria uma forma de evitar a dor.
Crenças culturais e familiares
Algumas culturas ou famílias passam a ideia de que a felicidade plena é perigosa ou até imoral. Expressões como "quando a esmola é demais, o santo desconfia" ou "alegria de pobre dura pouco" reforçam a noção de que a felicidade não é algo seguro ou duradouro. Isso gera uma postura de vigilância constante e medo de relaxar.
Baixa autoestima
Pessoas com autoestima fragilizada podem acreditar que não merecem ser felizes. Quando algo positivo acontece, surgem pensamentos como: "isso não é para mim" ou "mais cedo ou mais tarde, vou perder tudo". Essa sensação de indignidade as impede de aproveitar os bons momentos.
Perfeccionismo e autocobrança
O perfeccionismo cria a ideia de que a felicidade só pode vir após alcançar determinados padrões. Com isso, a pessoa nunca se permite sentir-se satisfeita, pois está sempre focada no que ainda falta. A autossabotagem aparece como uma forma de confirmar a crença de que ainda não está pronta para ser feliz.
Medo da vulnerabilidade
A felicidade envolve abertura e entrega. Para algumas pessoas, esse estado de vulnerabilidade é ameaçador. Mostrar alegria ou viver algo positivo pode parecer arriscado, como se fosse uma exposição ao julgamento ou ao risco de perder o que foi conquistado.
Como o medo de ser feliz se manifesta no dia a dia
O medo da felicidade pode aparecer de maneiras sutis, mas constantes, no cotidiano. Muitas vezes, esses sinais passam despercebidos, mas, quando somados, revelam um padrão de autossabotagem. Reconhecer esses comportamentos é essencial para compreender a própria relação com a alegria e iniciar um processo de mudança.
Procrastinação diante de oportunidades
A pessoa adia decisões importantes ou evita agir diante de chances que poderiam trazer satisfação. Isso pode ocorrer em relacionamentos, carreira ou projetos pessoais. Por exemplo, alguém que recebe um convite para participar de uma sociedade profissional pode demorar a responder ou inventar desculpas para recusar, por medo de não estar à altura da conquista. A procrastinação, nesses casos, funciona como uma barreira inconsciente contra o prazer que a oportunidade poderia proporcionar.
Desvalorização das conquistas
Mesmo após alcançar algo desejado, a pessoa minimiza o valor da conquista. Em vez de celebrar, pensa que "não é grande coisa" ou que "qualquer um faria o mesmo". Essa postura impede que a experiência positiva seja vivida em sua plenitude e reforça o sentimento de que a felicidade não é legítima ou não ...
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2 weeks ago
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A função simbólica dos mitos na construção da psique
Desde os tempos mais antigos, os mitos exerceram um papel essencial na vida humana. Muito além de meras histórias fantásticas, eles operam como mapas simbólicos que nos ajudam a compreender a realidade, a lidar com o mistério da existência e a formar nossa identidade psíquica.
Na psicologia, especialmente a partir da perspectiva junguiana, os mitos são entendidos como expressões profundas da psique coletiva.
O que são mitos? Muito além de histórias antigas
Mitos são narrativas simbólicas que explicam origens, rituais, valores e mistérios da vida. Estão presentes em todas as culturas e épocas, e apesar das diferenças externas, muitos compartilham estruturas semelhantes. Isso acontece porque eles tratam de temas universais como nascimento, morte, amor, medo, transformação, identidade e transcendência.
Assim, ao contrário do senso comum que associa mito à mentira ou fantasia, na psicologia, o mito é uma expressão da verdade simbólica - algo que não precisa ser literal para ser profundamente verdadeiro em termos emocionais e arquetípicos.
A relação entre mito e psique
Carl Gustav Jung, psiquiatra suíço e fundador da psicologia analítica, foi um dos principais teóricos a afirmar que os mitos refletem conteúdos do inconsciente coletivo. Então, segundo ele, os mitos são manifestações simbólicas dos arquétipos, estruturas universais que organizam nossa experiência psíquica.
Arquétipos: estruturas da alma humana
Arquétipos são formas primordiais, padrões inatos que moldam nossa maneira de perceber, sentir e agir. O herói, a mãe, o velho sábio, a sombra - todos são arquétipos que se expressam nos mitos e nos sonhos. Assim, cada mito que escutamos ou contamos ativa, em algum nível, essas imagens internas que fazem parte da nossa própria constituição psíquica.
Por isso, escutar ou estudar mitos não é apenas conhecer histórias de outros tempos, mas também entrar em contato com aspectos profundos de nós mesmos.
A linguagem simbólica como ponte entre consciente e inconsciente
Os mitos falam a linguagem dos símbolos, que é a mesma linguagem do inconsciente. Quando escutamos uma narrativa mítica, ela nos toca de forma emocional e intuitiva, mesmo que não compreendamos racionalmente todos os seus significados. Essa experiência simbólica facilita o diálogo entre as partes conscientes e inconscientes da psique, favorecendo a integração e o autoconhecimento.
Então, se você sente que certos temas se repetem em sua vida, em sonhos ou padrões emocionais, um psicólogo pode ajudar a interpretar esses conteúdos simbólicos com profundidade e cuidado.
A função orientadora dos mitos
Os mitos funcionam como norteadores da existência. Eles oferecem um senso de pertencimento, uma estrutura para compreender o mundo e um guia para as fases da vida. Assim, através das histórias míticas, aprendemos sobre coragem, medo, perda, amor, crescimento e renascimento.
Mitos como roteiros de vida
Muitos mitos antigos apresentam estruturas que coincidem com os ciclos humanos: nascimento, infância, desafios, iniciações, crises, maturidade, morte simbólica e renascimento. Então, quando vivemos momentos difíceis, inconscientemente buscamos narrativas que nos ajudem a entender onde estamos e o que pode vir a seguir. Os mitos cumprem exatamente essa função: nos ajudam a dar sentido à experiência.
O mito pessoal
James Hillman, psicólogo pós-junguiano, falava sobre a importância de descobrir o "mito pessoal" - a narrativa simbólica que estrutura nossa vida em particular. Segundo ele, cada pessoa vive um mito único, e descobrir qual é essa história pode trazer clareza, propósito e autenticidade à existência.
A psicoterapia é um espaço privilegiado para explorar o seu mito pessoal e compreender como ele influencia suas escolhas e emoções.
O mito como espelho da sombra e da transformação
Muitos mitos contêm figuras monstruosas, labirintos, deuses ambíguos ou heróis que falham. Esses elementos falam diretamente da sombra, conceito junguiano que representa os aspectos rejeitados ou ...
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2 weeks ago
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Fragilidade também é força: repensando o que é ser forte
Na sociedade atual, existe uma ideia profundamente enraizada de que ser forte significa não demonstrar fraquezas, não chorar e manter sempre uma postura de autossuficiência.
Essa visão, no entanto, é limitadora e muitas vezes prejudicial. Será que fragilidade e força são opostos? Ou será que há potência em reconhecer nossas vulnerabilidades?
Então, continue lendo para saber mais sobre!
O que entendemos por força?
A definição de força costuma estar ligada a atributos como resistência, resiliência, autocontrole e capacidade de enfrentar adversidades. No entanto, essa compreensão geralmente desconsidera o aspecto emocional e humano da experiência.
Na cultura ocidental, há uma valorização da força como sinônimo de invulnerabilidade. Ser forte, nesse sentido, é ser capaz de resistir sem demonstrar sofrimento. Essa concepção pode ser nociva, pois reforça a ideia de que sentir dor, medo ou tristeza é sinal de fraqueza.
A visão cultural da fragilidade
Desde cedo, aprendemos que mostrar fragilidade pode ser arriscado. Expressões como "engole o choro", "seja forte" ou "não demonstre fraqueza" são repetidas ao longo da infância e da vida adulta. Essa mentalidade contribui para que muitas pessoas reprimam suas emoções e se sintam envergonhadas por não se encaixar nesse modelo idealizado de força.
Essa construção cultural está presente em diversos âmbitos:
No trabalho: espera-se que profissionais estejam sempre disponíveis e resilientes.
Nas relações: há quem acredite que admitir dor ou insegurança possa afastar o outro.
Na vida pessoal: muitos internalizam a ideia de que não podem se permitir "fraquejar".
O poder da vulnerabilidade
A vulnerabilidade, longe de ser uma fraqueza, é um espaço de crescimento e conexão. Por isso, reconhecer nossas limitações e compartilhar sentimentos abre espaço para relações mais autênticas e para um processo de autoconhecimento profundo.
A vulnerabilidade como ponte de conexão
Quando nos mostramos vulneráveis, damos ao outro a chance de se aproximar genuinamente. Então, compartilhar medos, incertezas e dificuldades cria empatia e fortalece vínculos, além de tornar mais fácil receber elogios e apreciar feedbacks.
A vulnerabilidade como espaço de aprendizado
Reconhecer nossas fragilidades nos permite buscar ajuda, aprender novas estratégias e crescer emocionalmente. A negação da vulnerabilidade, por outro lado, nos deixa presos em padrões de defesa que dificultam o desenvolvimento.
Fragilidade, relações e saúde mental
A repressão das emoções pode gerar sérios impactos na saúde mental. Quando nos proibimos de sentir ou de expressar fragilidade, aumentamos o risco de desenvolver ansiedade, depressão e somatizações.
Permitir-se ser frágil, por outro lado, favorece o equilíbrio emocional. Expressar sentimentos, chorar, pedir ajuda ou admitir cansaço são formas de cuidar da própria saúde.
Demonstrar fragilidade pode transformar positivamente os relacionamentos. Quando nos mostramos humanos, abrimos espaço para a reciprocidade e o acolhimento.
No amor: compartilhar vulnerabilidades aprofunda a intimidade.
Na amizade: admitir dificuldades fortalece a confiança.
Na família: demonstrar fragilidade ensina às novas gerações que ser humano é também ser vulnerável, e que é possível fazer as pazes com outros familiares após momentos difíceis.
Redefinindo o conceito de força
Ser forte não significa suportar tudo sozinho ou esconder as próprias dores. Pelo contrário, a verdadeira força está na coragem de reconhecer limites e buscar apoio quando necessário.
Força é autenticidade
Viver de forma autêntica, sem máscaras ou disfarces, exige coragem. Mostrar-se vulnerável é um ato de força, pois desafia normas culturais que incentivam a ocultação das fragilidades.
Força é pedir ajuda
Muitas pessoas acreditam que pedir ajuda é sinal de fraqueza. No entanto, buscar apoio é um gesto de responsabilidade e autocuidado. A coragem de admitir que não conseguimos lidar com tudo sozinhos é uma demonstração de força.
Força é resiliência em...
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3 weeks ago
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Valores pessoais: o que guia suas escolhas sem você perceber
Você já parou para pensar por que toma certas decisões na sua vida?
Muitas vezes acreditamos que nossas escolhas são fruto apenas da razão ou de circunstâncias externas, mas existe algo muito mais profundo orientando nossos passos: os valores pessoais.
Eles funcionam como um sistema de crenças e princípios que, mesmo de forma silenciosa, guiam, por exemplo, o que consideramos importante e nos ajudam a decidir entre um caminho ou outro.
Logo, entender melhor esses valores é fundamental para viver de forma mais consciente e alinhada com aquilo que realmente importa para você.
O que são valores pessoais?
Valores pessoais são princípios ou convicções que orientam nosso comportamento, moldam nossas prioridades e influenciam nossas percepções sobre o que é "certo" ou "errado".
São como filtros internos que usamos para interpretar o mundo e tomar decisões.
Eles não são simples preferências momentâneas, mas sim elementos estáveis que nos acompanham ao longo da vida - ainda que possam se transformar conforme amadurecemos e vivemos novas experiências.
Exemplos de valores pessoais incluem:
Honestidade
Justiça
Liberdade
Família
Segurança
Conhecimento
Solidariedade
Espiritualidade
Sucesso
Diferença entre valores, crenças e objetivos
Muitas vezes confundimos esses conceitos, mas eles não são a mesma coisa.
Valores: princípios fundamentais que orientam nossas vidas (ex.: liberdade).
Crenças: interpretações ou ideias sobre como o mundo funciona (ex.: "quem trabalha duro sempre vence").
Objetivos: metas específicas que queremos alcançar (ex.: morar em outro país).
Os valores são a base. As crenças derivam deles e os objetivos são escolhidos para satisfazê-los.
Como os valores se formam?
Os valores pessoais não surgem do nada: eles são construídos ao longo da vida a partir de influências familiares, culturais e sociais, além de experiências marcantes que vivemos.
Logo, faz parte do desenvolvimento pessoal e emocional de todos os indivíduos e costumam estar relacionados a:
Família e infância
Desde pequenos observamos os comportamentos e discursos de nossos pais ou cuidadores.
Frases como por exemplo, "é importante dividir" ou "primeiro os estudos" transmitem valores de solidariedade ou disciplina que carregamos por muito tempo.
Cultura e sociedade
O ambiente cultural em que crescemos influencia profundamente.
Logo, em algumas culturas, a coletividade e a harmonia são centrais; em outras, a autonomia e a competitividade ganham destaque.
Experiências pessoais
Traumas, conquistas, perdas e mudanças de vida podem ressignificar valores.
Por exemplo, quem enfrentou uma doença pode passar a valorizar mais saúde e bem-estar.
Reflexão e autoconhecimento
Com o tempo, muitos de nós escolhem conscientemente quais valores manter ou transformar, em busca de mais coerência interna.
Como os valores influenciam nossas escolhas?
Os valores estão presentes em praticamente todas as nossas decisões, ainda que de forma invisível.
Carreira e trabalho
Alguém que valoriza estabilidade buscará empregos seguros; quem valoriza liberdade pode preferir empreender.
Relacionamentos
Valores como lealdade, respeito ou independência definem como lidamos com parceiros, amigos e familiares.
Estilo de vida
O modo como gastamos dinheiro, os hobbies que escolhemos e até os locais onde queremos morar estão conectados aos valores que carregamos.
Bem-estar
Quando nossas ações estão alinhadas com nossos valores, sentimos satisfação.
Logo, quando estão em conflito, surgem angústia, frustração e até sintomas psicológicos.
Valores inconscientes: o que guia sem você perceber
Grande parte de nossos valores atua no plano inconsciente. Muitas vezes não conseguimos nomear exatamente o que nos guia, mas seguimos certos padrões.
Por exemplo: alguém que recusa repetidamente promoções no trabalho pode não se dar conta de que valoriza equilíbrio familiar mais do que ascensão profissional.
Assim sendo, tornar esses valores conscientes ajuda a tomar decisões mais claras e evita cair em ciclos de insa...
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3 weeks ago
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Como o perfeccionismo afeta a produtividade
O perfeccionismo é frequentemente visto como uma qualidade positiva. Afinal, quem não gostaria de ser alguém que busca sempre o melhor resultado possível, com atenção aos detalhes e alto nível de exigência consigo mesmo?
No entanto, quando essa busca pela perfeição ultrapassa certos limites, pode se tornar um obstáculo significativo para a produtividade, o bem-estar e a saúde mental.
O que é o perfeccionismo?
O perfeccionismo é um padrão de pensamento caracterizado por metas extremamente elevadas, autocrítica excessiva e preocupação constante com erros. Pessoas perfeccionistas costumam ter dificuldade em aceitar resultados medianos ou "bons o suficiente" e tendem a se cobrar mais do que o necessário.
Embora existam diferentes tipos de perfeccionismo, todos compartilham um traço em comum: a tentativa de evitar falhas a qualquer custo. Essa mentalidade pode parecer motivadora no início, mas a longo prazo tende a se tornar paralisante.
O impacto do perfeccionismo na produtividade
A relação entre perfeccionismo e produtividade não é tão simples quanto parece. Embora muitas pessoas acreditem que ser perfeccionista aumenta o desempenho, a realidade é que, na maioria das vezes, ocorre o oposto. Isso porque o perfeccionismo gera bloqueios, inseguranças e sobrecarga emocional que afetam diretamente a forma como lidamos com tarefas e prazos.
Procrastinação disfarçada
Um dos efeitos mais comuns do perfeccionismo na produtividade é a procrastinação. Pode parecer contraditório, mas pessoas perfeccionistas muitas vezes adiam o início de uma tarefa por medo de não conseguirem executá-la com perfeição. Isso pode ser confundido com preguiça ou desorganização, mas, na verdade, é um reflexo de medo e autocrítica.
Por exemplo, um estudante pode passar horas organizando a mesa de estudo, escolhendo as melhores canetas ou reformulando o título do trabalho, mas sem começar de fato a escrever. Tudo isso porque teme entregar algo que não esteja à altura de suas próprias expectativas.
Dificuldade de concluir tarefas
Outra armadilha do perfeccionismo é a incapacidade de considerar uma tarefa como "finalizada". Mesmo quando o trabalho está bom ou até excelente, a pessoa continua revisando, corrigindo e modificando detalhes, muitas vezes sem necessidade real. Isso consome tempo, energia e atrasa a entrega de resultados.
Essa busca incessante por melhorias pode levar à exaustão e gerar um ciclo improdutivo. Em vez de avançar, a pessoa fica presa em um mesmo ponto, insatisfeita com o progresso e incapaz de seguir adiante. Muitas vezes, pode ser um efeito colateral da síndrome do impostor.
Medo de errar e evitar desafios
O perfeccionismo também pode inibir a criatividade e a inovação. Como o erro é visto como algo inaceitável, muitas pessoas preferem nem tentar novas abordagens ou projetos mais ousados. O medo de falhar paralisa e faz com que o indivíduo se mantenha em sua zona de conforto, mesmo que isso signifique perder oportunidades de crescimento.
Esse comportamento é especialmente problemático em ambientes profissionais que valorizam a adaptabilidade e a capacidade de resolver problemas de forma criativa. A rigidez do perfeccionista o impede de arriscar, prejudicando sua performance a longo prazo.
Os tipos de perfeccionismo e seus efeitos
Nem todo perfeccionismo é igual. Alguns estudos classificam o perfeccionismo em diferentes tipos, com impactos distintos na produtividade e na saúde mental. Entender essas variações pode ajudar a identificar padrões e buscar formas mais saudáveis de lidar com as exigências internas.
Perfeccionismo adaptativo
O perfeccionismo adaptativo é caracterizado pela busca por excelência de forma realista e equilibrada. Pessoas com esse perfil estabelecem metas altas, mas são capazes de lidar com erros e frustrações sem desmoronar emocionalmente. Elas mantêm um padrão elevado, mas não deixam que isso comprometa sua saúde mental ou sua produtividade.
Esse tipo de perfeccionismo pode, de fato, contribuir para o desempenho, pois...
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3 weeks ago
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Ninho vazio: a vida após os filhos saírem de casa
A saída dos filhos de casa é um marco importante no ciclo da vida familiar. Após anos de dedicação aos cuidados diários, à educação e ao acompanhamento do crescimento dos filhos, muitos pais e mães se deparam com uma nova e silenciosa realidade: o chamado "ninho vazio". Esse termo, apesar de ter se popularizado, carrega uma carga emocional profunda e complexa.
A transição para essa fase da vida pode ser desafiadora. Sentimentos como tristeza, solidão, perda de propósito e confusão sobre o próprio papel no mundo são comuns. Mas esse período também pode representar uma oportunidade de redescoberta, autonomia e reconstrução da identidade pessoal.
O que é a síndrome do ninho vazio?
A síndrome do ninho vazio não é um diagnóstico clínico formal, mas sim um termo popularmente utilizado para descrever o conjunto de emoções que os pais - especialmente as mães - podem experimentar quando os filhos saem de casa para estudar, trabalhar ou construir suas próprias famílias.
Essa fase marca o fim de uma etapa de intensa convivência familiar e, muitas vezes, o início de um vazio emocional que pode ser difícil de nomear e enfrentar. Assim, o silêncio que toma conta da casa simboliza mais do que a ausência física: é a mudança do papel que os pais vinham desempenhando por muitos anos.
Por que o ninho vazio afeta tanto?
A criação dos filhos costuma ser um dos projetos mais envolventes da vida adulta. Muitas pessoas organizam suas rotinas, sonhos e prioridades em função da maternidade ou da paternidade, e seguem um verdadeiro guia para ter um bom relacionamento com filhos. Quando eles partem, é comum surgir uma sensação de perda de propósito, como se o sentido da vida tivesse ido embora com eles.
Além disso, essa fase pode coincidir com outros momentos delicados, como o envelhecimento, a aposentadoria ou mudanças na vida conjugal, o que intensifica os impactos emocionais. A identidade construída ao longo dos anos pode entrar em crise, gerando questionamentos profundos: "Quem sou eu agora?", "O que faço com meu tempo?", "Para onde vai minha energia?"
Reações emocionais mais comuns
É importante reconhecer que cada pessoa lida de forma diferente com o ninho vazio, mas existem algumas reações emocionais comuns que merecem atenção:
Tristeza e luto
Ainda que a saída dos filhos seja algo natural e esperado, muitos pais vivenciam um verdadeiro processo de luto. Trata-se do luto simbólico pela perda da convivência diária, da rotina compartilhada e até mesmo de uma fase da vida que chega ao fim. Essa tristeza, se persistente, pode evoluir para quadros depressivos.
Ansiedade
A preocupação com a segurança e o bem-estar dos filhos à distância é um fator comum de ansiedade. A perda do controle sobre o cotidiano dos filhos pode gerar insegurança e pensamentos catastróficos, principalmente se os vínculos de confiança não estiverem bem estabelecidos.
Solidão
A casa, antes cheia de barulho, compromissos e demandas, torna-se silenciosa. Muitos pais sentem um vazio não apenas físico, mas emocional. Assim, a solidão pode ser especialmente difícil para quem não construiu outras fontes de prazer e companhia fora do papel parental.
Conflitos conjugais
Com a saída dos filhos, casais que estiveram muito focados na parentalidade podem se deparar com a distância afetiva ou dificuldades de convivência a dois. Então, a falta de diálogo e de projetos compartilhados pode gerar crises ou separações.
A importância de elaborar essa nova fase
É fundamental entender que o ninho vazio não precisa ser apenas sinônimo de sofrimento. Com tempo, apoio e reflexão, essa fase pode se transformar em um período fértil para o autoconhecimento e para a reconstrução de uma identidade mais ampla.
Esse é um momento que convida a revisar a própria trajetória, reconhecer as conquistas da parentalidade e olhar para o futuro com novos projetos. Isso exige coragem para enfrentar a dor do desapego e disposição para cultivar outras formas de viver e se relacionar.
Caminhos possíveis para ressignificar ...
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3 weeks ago
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Vigorexia: conheça esse transtorno que afeta principalmente os homens!
A vigorexia é um transtorno psicológico que vem ganhando atenção entre profissionais da saúde mental, especialmente por afetar, de forma predominante, homens jovens.
Também conhecida como transtorno dismórfico muscular, essa condição leva o indivíduo a uma obsessão extrema com a ideia de ter um corpo cada vez mais musculoso e definido, mesmo quando já apresenta uma aparência considerada forte ou atlética.
Neste artigo, você vai entender o que caracteriza a vigorexia, quais são seus sintomas, causas, formas de diagnóstico e tratamento, além de refletir sobre os impactos desse transtorno no comportamento masculino. Boa leitura!
O que é a vigorexia?
A vigorexia, ou transtorno dismórfico muscular, é uma condição psicológica caracterizada por uma obsessão patológica com o aumento da massa muscular e a definição corporal.
Pessoas que sofrem desse transtorno acreditam, de forma distorcida, que ainda são pequenas ou fracas, mesmo estando visivelmente musculosas.
Essa insatisfação persistente com a aparência física leva a comportamentos compulsivos relacionados à prática de exercícios, alimentação e, em muitos casos, ao uso de anabolizantes.
Mas o problema vai muito além da busca por um corpo saudável ou esteticamente bonito, pois, na vigorexia, a autoimagem está profundamente comprometida, e a identidade da pessoa passa a se confundir com o ideal corporal que ela tenta alcançar a qualquer custo.
Assim, a rotina é dominada por treinos intensos, dietas restritivas e um monitoramento constante da aparência, o que compromete significativamente a qualidade de vida, os relacionamentos e a saúde mental.
Vale dizer que esse transtorno é classificado como uma forma específica de transtorno dismórfico corporal, e costuma surgir na adolescência ou início da vida adulta, justamente quando questões como autoestima, pertencimento social e identidade estão em formação.
Quais são os sintomas da vigorexia?
Os sintomas da vigorexia envolvem tanto aspectos comportamentais quanto emocionais, e geralmente surgem de forma progressiva.
No entanto, o principal sinal é a insatisfação constante com a aparência muscular, mesmo quando já há um desenvolvimento físico evidente. A pessoa sente que "nunca é o bastante" e vive em função de alcançar um corpo idealizado.
Além disso, entre os sintomas mais comuns, destacam-se:
Preocupação excessiva com o tamanho e a definição dos músculos;
Treinamento físico compulsivo, com rotinas exaustivas e rígidas;
Dietas restritivas e hiperproteicas, voltadas exclusivamente para o ganho muscular;
Uso frequente de suplementos e anabolizantes, muitas vezes sem orientação profissional;
Isolamento social, evitando situações que atrapalhem os treinos ou revelem inseguranças com o corpo;
Sentimentos recorrentes de ansiedade, frustração, irritabilidade ou depressão relacionados à autoimagem;
Baixa autoestima, mesmo com resultados visíveis de hipertrofia.
Esses sintomas podem interferir significativamente na vida pessoal, profissional e emocional, tornando o cotidiano da pessoa limitado ao culto do corpo e à busca incessante por resultados estéticos.
O que pode causar esse tipo de transtorno dismórfico corporal?
A vigorexia não tem uma causa única, mas resulta da combinação de fatores psicológicos, biológicos e socioculturais.
Em muitos casos, ela surge a partir de uma baixa autoestima ou de uma percepção distorcida da própria imagem, que leva a comportamentos de comparação e autocrítica constantes.
Então, entre os principais fatores associados, destacam-se:
Pressão social e cultural para que o homem seja forte e musculoso, reforçada por mídias, celebridades e influenciadores digitais;
Histórico de bullying ou críticas sobre o corpo, especialmente na infância e adolescência;
Transtornos emocionais prévios, como ansiedade, depressão ou transtorno obsessivo-compulsivo;
Ambientes competitivos, como academias ou esportes que valorizam a hipertrofia;
Predisposição genética e familiar, já que distúrbios ligados à autoimagem podem ter influên...
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4 weeks ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Como o ambiente escolar afeta a saúde mental das crianças
A infância é uma fase crucial do desenvolvimento humano, e a escola ocupa um papel central nesse processo, inclusive na saúde mental.
Muito além de um espaço de aprendizagem acadêmica, a instituição escolar é também o ambiente onde as crianças constroem suas primeiras relações sociais fora do círculo familiar, aprendem regras de convivência, lidam com desafios e descobrem habilidades e interesses.
No entanto, o ambiente escolar pode tanto promover quanto comprometer a saúde mental dos estudantes, dependendo de diversos fatores que vão desde a estrutura física até as relações interpessoais.
A importância da escola no desenvolvimento infantil
A escola é uma extensão da vida da criança. Ali, ela passa grande parte do dia, interagindo com colegas, professores e outros profissionais.
É nesse espaço que muitas emoções são experimentadas pela primeira vez, como a sensação de pertencimento, a frustração por não conseguir realizar uma tarefa, ou o orgulho por superar dificuldades.
Quando o ambiente escolar é acolhedor, organizado e respeitoso, ele favorece a construção de uma autoestima saudável, estimula a curiosidade e promove a autonomia.
Por outro lado, quando há excesso de pressão, situações de violência ou ausência de suporte emocional, a criança pode desenvolver dificuldades que afetam seu bem-estar psicológico.
Fatores que influenciam a saúde mental das crianças no ambiente escolar
Antes de analisar cada ponto, é importante compreender que os fatores escolares interagem entre si.
Um ambiente físico mal planejado pode se somar a relações conflituosas e resultar em um impacto mais intenso.
Já um clima escolar positivo pode, muitas vezes, amenizar outros desafios.
Estrutura física e organização
A sala de aula, o pátio, os corredores e até os banheiros influenciam a forma como a criança se sente na escola.
Ambientes muito lotados, barulhentos ou sem ventilação adequada podem gerar estresse e ansiedade.
Da mesma forma, escolas sem espaços de lazer ou áreas verdes dificultam momentos de descanso e socialização, essenciais para o equilíbrio emocional.
Relação professor-aluno
O vínculo com os professores é um dos principais pilares para o desenvolvimento saudável da criança.
Educadores que demonstram empatia, paciência e respeito criam um ambiente seguro, no qual o aluno se sente valorizado.
Em contrapartida, atitudes autoritárias, críticas excessivas ou a falta de atenção individualizada podem abalar a confiança e desencadear sentimentos de inadequação.
Relações entre colegas
A convivência entre pares é fundamental para o aprendizado social. Crianças aprendem a compartilhar, negociar, cooperar e lidar com conflitos nesse espaço.
No entanto, situações como exclusão, bullying ou rivalidades constantes prejudicam a autoestima, geram medo de frequentar a escola e podem desencadear quadros de ansiedade e depressão.
Expectativas acadêmicas e pressão por desempenho
O estímulo ao aprendizado é essencial, mas quando transformado em pressão constante pode ser prejudicial.
Exigir resultados acima da capacidade da criança, comparar desempenho entre colegas ou valorizar apenas notas elevadas gera insegurança e reduz a motivação.
Logo, é importante equilibrar expectativas, valorizando também o esforço e o progresso individual.
Clima escolar e gestão pedagógica
A forma como a escola organiza sua rotina, estabelece regras e promove a disciplina impacta diretamente o bem-estar dos alunos.
Instituições rígidas em excesso, que não permitem espaços de criatividade ou diálogo, podem gerar ambientes de tensão.
Por outro lado, escolas que incentivam participação, cooperação e projetos coletivos fortalecem a sensação de pertencimento e apoio mútuo.
Desafios contemporâneos no ambiente escolar
Com as mudanças sociais e tecnológicas, o ambiente escolar tem enfrentado novos desafios que também afetam a saúde mental das crianças.
Uso da tecnologia em sala de aula
A tecnologia pode ser uma aliada da educação, mas o uso excessivo de telas dentro e fora da escola...
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1 month ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Dia Mundial da Saúde Mental: saiba a importância desta data!
Você sabia que existe o Dia Mundial da Saúde Mental?
Essa é uma data importante para refletirmos sobre o cuidado que realmente temos direcionado para a saúde da nossa mente e das nossas emoções.
Portanto, é um momento de nos conscientizarmos ainda mais sobre a importância de olhar para o nosso bem-estar e qualidade de vida.
Neste artigo, falaremos sobre essa data e daremos dicas de como você pode começar (e manter) o cuidado com a sua mente e emoções hoje mesmo! Boa leitura!
Quando é celebrado o Dia Mundial da Saúde Mental?
O Dia Mundial da Saúde Mental é comemorado, todos os anos, em 10 de outubro.
A data foi instituída em 1992 pela World Federation Mental Health (Federação Mundial de Saúde Mental, em português). Sua finalidade é alertar para os cuidados necessários com a saúde da mente e promover o bem-estar emocional e psicológico da população.
Qual o objetivo do Dia da Saúde Mental?
O objetivo do Dia Mundial da Saúde Mental é conscientizar sobre as questões relacionadas à saúde da mente e mobilizar esforços para que a população cuide de si.
Também é um momento para quebrar tabus e disseminar informações educativas sobre diversos transtornos mentais que são estigmatizados na sociedade.
Desde 2013, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realiza campanhas para esclarecer dúvidas e prestar suporte a pessoas que lidam com alguma condição mental.
Assim, em cada ano, as campanhas são voltadas para alguma temática específica. Em 2023, por exemplo, o tema foi: "A saúde mental é um direito de todos". Já em 2024, a abordagem trabalhada foi: "É hora de priorizar a saúde mental no ambiente de trabalho".
Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de um bilhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental no mundo, sendo que cerca de 12 milhões sofrem de depressão, sendo a maior taxa na América Latina.
Além disso, de acordo com a própria OMS, 86% dos brasileiros sofrem com alguma condição mental, como depressão e ansiedade. Os dados são alarmantes e comprovam a necessidade de nos conscientizarmos sobre essa questão.
Qual a importância de cuidar da saúde mental no dia a dia?
Cuidar da saúde mental de forma consistente e frequente é um ato de amor-próprio.
Primeiro porque esse cuidado está diretamente relacionado com a atenção que damos para as nossas emoções, comportamentos, pensamentos e maneira como nos relacionamos com os outros. Ou seja, a saúde mental é importante para o equilíbrio e qualidade de vida.
Além disso, cuidar da mente contribui para prevenir o surgimento de transtornos mentais, como estresse, ansiedade e depressão, questões que prejudicam as relações pessoais, profissionais e afetam o bem-estar geral.
6 dicas de como cuidar e preservar a sua saúde mental
Apesar de o dia 10 de outubro ser utilizado para celebrar o Dia Mundial da Saúde Mental, você não deve (e nem pode!) esperar a chegada dessa data para cuidar da sua mente e emoções. Afinal, como dissemos, esse é um cuidado que precisa ser diário.
Sendo assim, listamos abaixo algumas dicas de como você pode se cuidar:
1. Pratique atividade física
Além de ser benéfica para o corpo, a atividade física regular também contribui para a saúde mental. Primeiro porque o exercício melhora a circulação sanguínea e, consequentemente, a oxigenação das células, incluindo as do cérebro.
Além disso, ele atua liberando hormônios que trazem a sensação de prazer e bem-estar, algo importante para prevenir problemas emocionais, como ansiedade e estresse, bem como auxiliar no tratamento desses.
2. Tenha uma alimentação saudável
Assim como a atividade física, a alimentação saudável costuma ser acionada primeiramente pela sua relação com a saúde física. No entanto, ela também pode contribuir para o cuidado com a saúde mental. E isso acontece por diversos motivos.
Primeiro porque uma alimentação equilibrada, rica em vegetais e alimentos saudáveis, fornece nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo, incluindo as funções cerebrais (memória e cognição), ...
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1 month ago
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Relacionamento interpessoal: como manter relações saudáveis
O relacionamento interpessoal está no centro de praticamente tudo o que fazemos: ele influencia desde a forma como nos comunicamos com amigos e familiares até como lidamos com colegas de trabalho e desconhecidos no dia a dia.
Então, saber construir e manter boas relações é uma habilidade essencial para o bem-estar emocional, a saúde mental e o desenvolvimento pessoal.
Neste artigo, você vai entender o que caracteriza esse tipo de vínculo, quais são os principais tipos de relações interpessoais e como cultivar conexões mais saudáveis e equilibradas em diferentes contextos da vida!
O que é relacionamento interpessoal?
Relacionamento interpessoal é o nome que damos às interações que estabelecemos com outras pessoas ao longo da vida. Trata-se da forma como nos conectamos, nos comunicamos e convivemos com indivíduos em diferentes contextos, seja no ambiente familiar, social, acadêmico ou profissional.
Esses vínculos podem ser breves ou duradouros, superficiais ou profundos, mas sempre envolvem algum grau de troca emocional, comportamental ou afetiva.
Além disso, essas relações são influenciadas por diversos fatores, como empatia, respeito mútuo, habilidades de comunicação, valores pessoais e experiências anteriores.
Um bom relacionamento interpessoal se caracteriza pelo equilíbrio entre escuta e expressão, confiança mútua e disposição para lidar com conflitos de forma construtiva.
Por isso, desenvolver essa habilidade é essencial para quem busca relações mais saudáveis e significativas no dia a dia.
Qual é a diferença entre relacionamento interpessoal e intrapessoal?
O relacionamento interpessoal diz respeito às conexões que estabelecemos com outras pessoas, portanto, envolve troca, convivência, comunicação e empatia.
Já o relacionamento intrapessoal refere-se à forma como nos relacionamos conosco mesmos: nossos pensamentos, emoções, reflexões e autoconhecimento.
Enquanto o primeiro acontece no contato com o outro, o segundo acontece internamente, mas ambos se influenciam mutuamente e são fundamentais para o equilíbrio emocional.
Quais são os tipos de relacionamento interpessoal?
Os relacionamentos interpessoais variam de acordo com o contexto, o grau de proximidade e a função que desempenham na vida das pessoas.
Então, a seguir, separamos os principais tipos:
Familiar
É a primeira forma de vínculo que desenvolvemos, geralmente com pais, irmãos e outros parentes. Envolve afeto, cuidado, convivência e, muitas vezes, responsabilidades compartilhadas. Por ser duradouro e profundo, pode gerar tanto segurança quanto conflitos.
Além disso, a base emocional construída nesse tipo de relação influencia diretamente a forma como nos conectamos com outras pessoas ao longo da vida, moldando valores, limites e formas de comunicação.
Amizade
Baseado em afinidade, confiança e apoio mútuo, esse relacionamento é escolhido pelas partes envolvidas. Amizades verdadeiras oferecem espaço para escuta, troca de experiências e suporte emocional e, apesar de não exigirem vínculo formal, são fundamentais para o bem-estar psicológico.
Esses laços podem surgir em diferentes fases da vida e variar em intensidade, mas contribuem para o senso de pertencimento e para o desenvolvimento da empatia e da comunicação.
Amoroso
Envolve atração emocional, física e afetiva entre duas pessoas, podendo incluir compromisso, intimidade e planos em comum. Esse tipo de relacionamento exige diálogo, respeito, cuidado mútuo e disposição para crescer junto com o outro.
É uma das relações mais complexas, pois envolve expectativas, vulnerabilidades e construção constante. Quando bem cultivado, oferece conexão profunda, segurança emocional e companheirismo, sendo um espaço importante de aprendizado sobre si e o outro.
Profissional
Estabelecido em contextos de trabalho, esse relacionamento envolve colegas, gestores, clientes e parceiros. É guiado por objetivos comuns, funções definidas e convivência baseada em respeito, ética e colaboração.
Apesar de, em muitos casos, não haver laços...
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1 month ago
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Cantinho da Psicóloga: áudios dos nossos Blogposts
Os áudios dos conteúdos são gerados por IA - Inteligência Artificial a partir das centenas de textos e artigos elaborados por psicólogos.