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“A canção dos andarilhos” que está descrita logo abaixo, procura descrever os sentimentos comuns daquele que anda.
Caminhar
O andarilho, peregrino, ama caminhar. A aventura de atravessar campos distantes, subir montanhas sempre lhe atrai e ele deseja seguir sua vontade.
Os sinais.
O caminho imita a vida, dessa maneira, os sinais que nos são apresentados, quando identificados, nos conduzem ao rumo certo e nos sugerem
respostas para nossas angústias e dúvidas.
Dessa maneira, quando o andarilho toma uma decisão baseada nos sinais, ele tem certeza que irá chegar.
A mochila representa a carga de “coisas” que vamos acumulando durante a vida, a concha em contra ponto, nos indica que com ela é possível comer e também matar a sede.
O bastão nos remete a nossa ancestralidade e novamente nos ajuda a colocar as mãos no chão e dar mais equilíbrio ao corpo.
Onde ir.
Para que viver angustiado buscando atingir metas muitas vezes inatingíveis, uma sombra pode ser o local da chegada, da esperança, do descanso e o encontro com pessoas que como você buscam a paz.
A cada passo, as imagens vão se descortinando. A luz divina vai nos apresentando as coisas miúdas mas de enorme significado.
São elas, em sua singela beleza que irão tocar profundamente o seu coração, seja uma flor ou uma pedra no caminho, coisas simples, lugares simples, vida simples.
Lutar.
Por fim, o caminhante, andarilho (a), peregrino (a) , sente que está cansado e que a vida que é o seu caminho vai se consumando.
É nesse momento que um sopro divino de energia, renasce do âmago do ser que caminha e lhe enche de energia e coragem.
Dessa forma, o andarilho sente que valeu a pena e começa a sentir o desejo que essa caminhada não se acabe.
Porque, sempre há algo mais pra fazer, para criar.
Vencer.
Assim, o andarilho segue seus instintos, agradece e mantem-se no caminho com a mesma força que o trouxeram até ali.
Ultreia!!! e Suseia!!! peregrinos e peregrinas, andarilhos e andarilhas Buen Camino!