Devaneios sobre a intensificação do uso do app nesse período e algumas provocações: a gente tem visto seres mágicos brotando em cada esquina das redes sociais! A quase cancelada “fada sensata”, a pessoa “perfeita sem defeitos”, aquela que “nunca errou”, o cristal perfeito... Seria uma cilada? Um prenúncio do cancelamento? O que se ganha tentando sustentar a vaidade dos outros? Em troca de quê? Tudo isso acontecendo na era da empatia (seletiva) e da gratidão... da gratiluz. Você precisa se comportar muito bem pra não ser cancelado... a cada elogio dotado de um poder sobrenatural ou afeto “exagerado”, pode-se cair numa numa necessidade de manter aquele status e não deslizar nas próprias falhas! Fala-se muito numa tal cultura de Ego. A vida recortada e editada é mais legal... mas nem tudo é amor! Qual o risco de assumir um lugar de ídolo? Corre que é cilada! A gente se constrói no conflito. Na diferença. No estranho. Dar lugar a tudo isso e fundar relações apesar disso e por isso, talvez seja o mais difícil...