
Neste episódio do Argumente, Rodrigo Orellana e Zuleica Vicente conversam sobre as máscaras sociais que utilizamos para pertencer, sobreviver e sermos reconhecidos. A conversa parte de algo cotidiano — ajustar-se para cada contexto — e alcança camadas profundas da formação do ego, da defesa psíquica e da dor que surge quando a máscara deixa de proteger e passa a nos apagar.
Rodrigo discute como, muitas vezes, a persona construída para ser aceita pode se transformar em uma prisão. Quando o sujeito veste um personagem para atender expectativas externas, corre o risco de esquecer o próprio rosto. Zuleica, trazendo a lente psicanalítica, afirma que a máscara inicialmente nasce como defesa diante da falta, do trauma e da inadequação — mas, quando mantida por tempo demais, se cola à pele e passa a definir quem somos.