
Esse termo católico aparece nos pais apostólicos (Inácio de Antioquia e no Martírio de Policarpo), mas seu emprego mais importante encontra-se no Credo Niceno (381 d.C.) para descrever as quatro marcas da verdadeira igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica. “Se a igreja é uma só, deve ser universal, se é universal, deve ser uma só. Unidade e catolicidade são dimensões entrelaçadas de uma única e mesma igreja”. Hans Jung. Para Alister McGrath: “Embora uma igreja específica (Local) não seja a igreja em sua totalidade (Universal - Global), ela compartilha dessa totalidade”.
Para Herman Bavinck, a catolicidade refere-se à “Igreja como um todo unificado e chama-se católica porque ela se liga à Igreja universal”. Por isso, falava sobre o “evangelho todo, para o homem todo, para todos os homens”. É a noção de universalidade, a ordem para que a igreja de discípulos vá por todo o mundo e pregue o evangelho a todas as nações, etnias e culturas. Mateus 28:18. A visão da igreja global potencializa a vida da igreja local.
ABRANGÊNCIA ANTROPOLÓGICA E SÓCIO CULTURAL. Catolicidade implica apresentar uma visão genuína do que seria “o homem todo” e a todo “tipo de homem”. Não segregada e sem fazer acepção de pessoas. Acolhedora sem ser inclusiva. Prega fielmente o evangelho para todos os homens e culturas, a despeito de raça, sexo ou classe social(Gl3:28)
ABRANGÊNCIA CRONOLÓGICA E ATEMPORAL. A catolicidade fala da comunhão dos santos que não tem fim, da igreja que existe desde o princípio do mundo e existirá até o fim. A fé cristã não está restrita ou limitada pelo tempo ou espaço. A igreja de Cristo permanecerá para sempre.
ABRANGÊNCIA TEOLÓGICA E A INTEGRIDADE DOUTRINÁRIA. Catolicidade promove o Evangelho Todo e abrange toda doutrina apostólica. Alister McGrath comenta que “Sem deixar nada de fora”, a catolicidade envolve a completa proclamação e explicação da fé cristã. Assegura-se de que a totalidade do evangelho seja pregada e ensinada”.
ABRANGÊNCIA HISTÓRICA. Catolicidade tem ligação humilde e consciente com a história passada. Não se pode contextualizar como se o presente histórico não estivesse em continuidade com o passado.
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