
Neste episódio do podcast “A saúde é coletiva”, da Abrasco, vamos falar sobre um dos biomas brasileiros que mais tem sido devastado pelo avanço do agronegócio e sofrido graves impactos por mudanças climáticas: o Cerrado. Não por acaso trazemos este tema agora: 11 de setembro é o Dia Nacional do Cerrado, uma data que nos convida a refletir sobre a importância desse bioma, sua biodiversidade e o seu papel fundamental na regulação climática e na produção de água para o Brasil.
E é justamente no Cerrado - mais especificamente em Brasília - que vai acontecer o nosso 14º Abrascão, de 28 de novembro a 3 de dezembro de 2025. E a justiça climática é um dos temas desta edição do nosso congresso.
Por isso, convidamos para este episódio a jornalista Maryellen Crisóstomo, da Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins, afiliada à Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq). “As mudanças climáticas, no estágio em que estão são mais uma violência contra os corpos negros, os corpos não-brancos que habitam o Cerrado brasileiro”.
Ela é quilombola do território Baião, que fica no município de Almas (TO), é ativista climática na luta contra o racismo ambiental, é mestranda em Letras, além de ser graduanda em Direito. “Meu território está sendo explorado pela mineração, mas não perguntaram [para nós] em nenhum momento, não houve consulta [prévia]. Então, está em jogo a minha segurança física, minha segurança alimentar, a sobrevivência do meu território para que o mundo adote energia eólica às custas da minha família, da minha história”, conta.
O Cerrado é o segundo maior bioma do país e abrange a região conhecida como Matopiba, uma das principais fronteiras agrícolas do país. Só em 2023, foram 1 milhão de hectares de mata desmatados no Cerrado, o que equivale a 1 milhão de campos de futebol. O dado é do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).
>>> Esta é a quarta temporada do podcast “A saúde é coletiva”, uma iniciativa da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), com produção da Rádio Tertúlia.
Novos episódios às terças-feiras alternadas.
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14º Abrascão: https://saudecoletiva.org.br/
>>> Dica cultural da entrevistada:
YouTube da banda de rap quilombola “Realidade Negra”: https://www.youtube.com/@RealidadeNegra
Livro “Mulheres quilombolas: territórios de existência negras femininas”, organizado por Selma dos Santos Dealdina (Jandaíra Editora): https://www.editorajandaira.com.br/mulheres-quilombolas
>>> Ficha técnicaRoteiro, narração, edição e sonorização (Rádio Tertúlia): Beatriz Pasqualino.
Coordenação: Ártemis Caldeira Brant e Thiago Barreto (Abrasco), e Beatriz Pasqualino.
Comunicação e pesquisa (Abrasco): Daniel Lyra-Queiroz e Letícia Maçulo.
Relacionamento e Marketing (Abrasco): Clara Alonso e Rafaela Pinheiro.
Projeto Gráfico: Estúdio Massa.
Apoio de locução (Rádio Tertúlia): Joana Côrtes.