Nascidos entre 1980 e 1989, estes angolanos vieram ao mundo quando o país já era independente, mas ainda mergulhado na instabilidade.Cresceram entre sirenes e cortes de energia, entre filas e promessas, entre a guerra que não escolheram e o futuro que começaram a desenhar com o que havia. A Geração de 80 é a geração do recomeço contínuo.Viu os seus pais sonharem com um país novo, e teve de aprender a sobreviver nas sobras desses sonhos.Mas também é a geração que começou a falar de empreendedorismo, cultura pop, inovação, e a ousar transformar o caos em palco. São os filhos do improviso — e, muitas vezes, os pais da reinvenção.

Se falamos de gerações, há uma que tem um papel fundamental na história recente do nosso país. A geração que testemunhou Angola entre o sonho da independência, a guerra civil, a paz e a reconstrução. A geração que ajudou a erguer o país e que hoje reflete sobre o que construiu. E quem melhor para nos ajudar a viajar por essa história do que um jornalista que esteve na linha da frente da informação, viveu e narrou os momentos decisivos da nação?